domingo, 28 de outubro de 2007

As Nicolinas e a Comunicação Social

Como todos os vimaranenses sabem as Nicolinas são festividades de carácter único. A unicidade destes festejos começa na sua antiguidade e acaba no número de pessoas que acompanham as festividades. Podemos então dizer que quer a nível nacional quer a nível ibérico as Nicolinas seriam merecedoras de um natural destaque nos meios de comunicação social. Contudo a nossa comunicação social não entende isto, ou se entende não o demonstra.

Durante a época do Verão é comum vermos a nossa comunicação social a dar destaque a todas as procissões e romarias nacionais. Podemos por a hipótese de este destaque dado às romarias de Verão existir pelo simples facto de, nessa época, se viver a “silly season” mas talvez esta justificação não seja, por si só, válida. No dia 7 de Julho a imprensa portuguesa começa a dar destaque as espanholas Festas de San Fermin e continua, na última quarta-feira de Agosto, a sua senda por terras de Castela dando destaque à sexagenária Tomatina…

O “porquê” do desprezo que a comunicação social portuguesa dá às Nicolinas é, basicamente, incompreensível. Podíamos falar das 50000 pessoas da Tomatina mas temos como contraponto um número seguramente maior de participantes no Cortejo do Pinheiro, podíamos falar na antiguidade das Festas de San Fermin mas as Nicolinas não lhe ficam atrás…Porque será então que as nossas Festas ficam atrás das outras e são quase “escondidas” dos portugueses? Será pela sua antiguidade? Pelo seu carácter único? Pelo seu número de participantes?

Não sabemos…Mas aceitamos sugestões.


Frei Bento do Amor Divino Pelo Pecado Original

4 comentários:

Anônimo disse...

É uma conspiraçoun cuontra o Nuorte!

Tiago Laranjeiro disse...

Uma questão interessante que aqui coloca o frade... Mas têm aparecido umas notíciazinhas, quanto mais não seja em rodapé, de que as Nicolinas, ou melhor, o Pinheiro, acontece.

Por outro lado, aquel'outra ladainha da falta de qualidade dos nossos jornalistas...

McCap disse...

Não... É uma censura organizada e persistente contra tudo o que tenha a ver com praxes e trajes e afins.

Tiago Laranjeiro disse...

Caro McCap,

Nicolinas nada tem de semelhante às praxes de que se ouve falar das Universidades. Talvez tenha algo a ver com a outra praxe, ou melhor, com a prática académica. Nas palavras dos seus colegas do Quid Praxis, só compreendo praxe nas Nicolinas se a entendermos como "um conjunto de tradições geradas entre estudantes (...) e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração." Mas até sei que foi isto que o amigo quis dizer.