Escrevo com todo o prazer para o vosso blog sobre as Nicolinas, festas que desde pequeno sempre adorei.A minha imagem mais remota ligada às Nicolinas, teria eu quatro ou cinco anos,era uma caixa que aparecia lá por casa pela mão do meu irmão, mais velho que eu catorze anos, Nicolino priveligiado e protegido da veneranda Sra.Aninhas, e que eu desancava se calhar melhor que alguns tocadores crescidos que por aí vejo.
Passada esta memoria pré-histórica o que me parece importante lembrar aqui e que recordo com saudade era a lição de democracia dada pelos Nicolinos da minha época, segunda metade da decada de cinquenta e princípios dos anos sessenta, na eleição das comissões das festas. Posto a posto ou tacho a tacho os candidatos iam-se perfilando nas escadas do Jardim do Carmo e democraticamente eram votados e eleitos. Não havia campanhas nem jogos sujos de bastidores e tavez se tenha começado a despontar aí a vontade de participar também noutros actos que na altura eram vedados aos cidadãos dessa época.
Lembram-me também, durante a preparação das festas, as manobras que eram usadas para "fintar o homem da censura" ao fazermos alguns escritos mais fortes para passarem os que queríamos de facto. Era engraçado quando passava uma mais atrevida a alegria que sentíamos por poder meter aquela acha na fogueira. Agora pode-se dizer o que se quer de modo que o gozo, chamemos-lhe, não é tão profundo.
Passando-me agora mais para tempos actuais é sempre com grande alegria, para um Velho Velho Nicolino ver as gerações actuais, mais pontapé menos canelada, continuarem a manter a tradição que receberam e certamente passarão ás gerações vindouras. Têm também um Monumento Nicolino que homenageia as gerações passadas mas também lembra as responsabilidades futuras.
Não é fácil preservar uma tradição com três séculos e meio mas tenho a certeza que os vimaranenses irão sempre apoiar os seus estudantes para que a mantenham pois é seguramente uma importante mais-valia no rico património que a nossa terra tem.
VIVA S. NICOLAU
Os meus cumprimentos
José Maria Magalhães
Passada esta memoria pré-histórica o que me parece importante lembrar aqui e que recordo com saudade era a lição de democracia dada pelos Nicolinos da minha época, segunda metade da decada de cinquenta e princípios dos anos sessenta, na eleição das comissões das festas. Posto a posto ou tacho a tacho os candidatos iam-se perfilando nas escadas do Jardim do Carmo e democraticamente eram votados e eleitos. Não havia campanhas nem jogos sujos de bastidores e tavez se tenha começado a despontar aí a vontade de participar também noutros actos que na altura eram vedados aos cidadãos dessa época.
Lembram-me também, durante a preparação das festas, as manobras que eram usadas para "fintar o homem da censura" ao fazermos alguns escritos mais fortes para passarem os que queríamos de facto. Era engraçado quando passava uma mais atrevida a alegria que sentíamos por poder meter aquela acha na fogueira. Agora pode-se dizer o que se quer de modo que o gozo, chamemos-lhe, não é tão profundo.
Passando-me agora mais para tempos actuais é sempre com grande alegria, para um Velho Velho Nicolino ver as gerações actuais, mais pontapé menos canelada, continuarem a manter a tradição que receberam e certamente passarão ás gerações vindouras. Têm também um Monumento Nicolino que homenageia as gerações passadas mas também lembra as responsabilidades futuras.
Não é fácil preservar uma tradição com três séculos e meio mas tenho a certeza que os vimaranenses irão sempre apoiar os seus estudantes para que a mantenham pois é seguramente uma importante mais-valia no rico património que a nossa terra tem.
VIVA S. NICOLAU
Os meus cumprimentos
José Maria Magalhães
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